web analytics

analyse this

a

vamos falar sem escolher palavras, sem cuidar de métrica?

o que aconteceu na última noite eu vou precisar de dias pra processar. tempo pra extrair tudo o que significou e, principalmente, coragem para botar em registro, pra sabe-se lá quem ler

mas preciso, preciso digerir. preciso, um dia, entender.

enquanto isso, já tenho por onde começar. o material que meu inconsciente me deu nas poucas horas em que de fato eu consegui dormir ao seu lado é de um surrealismo (e óbvio, tão óbvio) que eu nunca experimentei. em casa, na ressaca do fim do domingo, a soneca trouxe mais. eu me tornei um clichê freudiano no meio do caminho.

a semana já era campeã de plot twists sem nada disso. eu já tinha até desenterrado um blog do além para ter onde me questionar e questionar e questionar sem parar.

passei mais de uma hora – cansada e bêbada – te assistindo respirar. os desenhos pregados na parede com washi tape, a coleção de câmeras e lentes cuidadosamente expostas na estante. o sol entrava cada vez mais forte pela fresta da janela e eu de olhos arregalados – what the fuck just happened? is this changing me forever? – até, vencida, adormecer.

sonhei que saía daquele apartamento, tentando ir pra casa. percebia que estava pelada. tentava me cobrir, repetidamente – com a bolsa, o celular, um pedaço de papel. um homem comentava. outros riam. vinha homem dar cantada e tinha cara passando a mão. a cena se repetiu centenas de vezes. no mercado. no uber. andando na rua. dentro da balada. entrando no prédio. tentando me cobrir com o que tinha à mão e sendo constantemente ameaçada. sempre por um homem, claro.

até que na última sequência, me protegendo de uma dupla de amigos, aparece um terceiro cara, armado, vindo lhes assaltar. ele mê vê. eu tô lá, pelada, catando sei lá o que dessa vez para me cobrir. ele me estupra com a arma – por um segundo eu sinto o pânico muito real, dentro de mim, antecipando o desfecho – e atira. eu acordo apavorada e você continua lá, linda, nem se mexeu. abre os olhos perfeitamente delineados e me dá o maior sorriso do mundo.

me arrastei o dia todo, oscilando em tentar entender e me permitir ignorar. falei para umas 5 amigas hoje: é muito, não consigo. já era noite quando consegui deitar no sofá.

estou na minha casa, enorme, uma mistura de casa e ateliê. por todos os lados correm 6 gatos, a Leia, mais 3 cachorros e furões(?). é tudo muito luxuoso, decadente e caótico e eu tenho um assistente que é uma mistura de andre leon talley e titus andromedon. pedro (de 2009) está lá, comigo. estão também seus pais – muito esnobes na vida real –  analisando e julgando a minha casa, meu trabalho, eu.

and then, plot thickens: i take him to the next room, we start making out and his penis falls out – clean cut – in my hands. before any thought, i run to my dad and tell him to not judge it, just fix it. my pets, wrestling each other, are all over the place. later that night, we get invited to meet the royal baby – he/she is finally born. meghan is fine, btw.

é, acho que agora podemos concluir que minha cabeça tá bem zoada.

About the author

desfilles

I got fire in my brain. In my heart and veins. In between my legs.
(And now I'm back to writing.)

Add comment

By desfilles

Your sidebar area is currently empty. Hurry up and add some widgets.