é só uma ruptura acontecer para eu ouvir a pergunta: e agora, como você vai fazer com o destino tal?
já ouvi sobre paris, já ouvi sobre los angeles. tenho ouvido sobre a espanha e até sobre são paulo.
com sorte, o que eu vou fazer é voltar.
cada lugar tem sua memória, seu significado.
a primeira vez que guiei meus avós pelo orsay.
o pôr do sol falando sobre o futuro com o galeno, no dolores, em sf. (toda uma cidade para discutir tantos sonhos)
ganhando muitos dólares nos cassinos de vegas (e eu brincando que sorte no jogo não era bom sinal)
ou, sozinha, arrastando um polonês pelas mesas de blackjack.
descobrir el matador com a lu.
woody allen no carlyle.
assistir a letícia ficar emocionada ao entrar no harry potter, na universal, e aprender com ela os meandros desse universo.
ser levada para um road trip na espanha, de presente de aniversário, pelo joão (madremanya, talvez, pode ser que permaneça com um dono só)
correr com o victor à beira do sena – treinando pra uma maratona que jamais competi.
e, claro, o cadeado na pont des arts.
as infinitas degustações de doces com o gu.
parar um taxi no meio de pigalle rumo a ivry sur seine. still one of the highest moments of my life.
mostrar paris para meia dúzia de pessoas queridas na minha vida.
e o pacífico também.
um parabéns pra você nos meus 22, em berlim.
e sim, ter ouvido dele que eu sou a companhia preferida para viajar, ir a museus e que eu ensino muito – um elogio que nenhuma raiva e decepção vai apagar. o mérito, afinal. é todo meu.
é tanta gente, é tanto momento, é tanta coisa especial (e, sim, às vezes sobreposta), que eu encho o peito pra dizer:
o meu mundo e os meus lugares não pertencem a ninguém além de mim.
eu volto, eu refaço, eu vivo coisas que até hoje eu não acredito.
me bota sevilha no roteiro, pra você ver. me joga em londres que eu mostro.
aqui não tem trauma nenhum. mostrar o mundo através dos meus olhos só me reforça o valor que eles têm.
é justamente por isso que é pra ele que eu corro quando eu preciso me encontrar.