Distêmica. Sem opinião formada. Completamente volátil:
é assim que estou me sentindo.
Porque eu não sei mais distiguir o que eu acredito de verdade do que é fogo de palha.
Porque eu falo “eu te amo” e “eu te odeio” em intervalo de horas.
Porque eu juro amor eterno. E quero terminar.
Confesso que tem sido angustiante lidar com essas duas forças desconexas dentro de mim. No meio de um cabo de guerra. Mais um, menos um, mais dez, menos dez… no final os sinais se anulam e é tudo igual a zero.
Sempre começando do zero.
De nada adianta eu saber que é assim. Você saber que é assim. Todas as minhas amigas saberem que é sempre assim.
Eu convenço a todos, com argumentos apaixonados, de que estou falando sério.
Porque, no fundo, tudo é igualmente legitimo. Todas as idéias dentro de mim.
Cabe, no entanto, buscar o equilíbrio.
(Difícil dizer como.)