Acordo na segunda e acredito: a vida há de virar.
Talvez vire com o moço bonito que me leva para sair. Talvez vire com o outro, querido, e seus olhares apaixonados. Há de virar.
Repito esse pensamento, como mantra, em resposta ao silêncio. Não há smiley face que cure o desconforto e o vazio nas respostas. Há de virar.
O sofrimento parece infinito, mas ainda acho que é cedo. Daqui, preciso tirar algo de bom. Preciso que o pesadelo não seja a última memória que ficará de mim. Eu não sou só essa pessoa, sabe.
Quero sorrisos. quero um senso de gratidão. Quero reconhecer o que era bom, ao menos um fio do que era bom.
E aí sim, há de virar.