Nao tem jeito né, de estar 100% por cima. A vida da gente é uma toma lá dá cá constante e eu, que quero tudo e quero ganhar a qualquer custo, acabo não aceitando situação nenhuma.
Nesse post, por exemplo, quero falar objetivamente de coisas subjetivas. Quero entender se a máxima prefiro ser feliz que ter razão é mesmo verdadeira e vale pra mim.
Como eu queria ter razão!
Estou me sentindo uma tapada completa por estar gostando de alguém. A história é velha, eu volto nela sempre, mas não estava combinado que eu ia ficar sozinha uns tempos? Então por que na primeira esquina que virei tinha uma paixão irresistível, uma pessoa encantadora, e por que eu fui cavar nisso se eu queria tanto ficar sozinha?
Mas não, teimosa eu cavei e agora eu não consigo pensar em nada prático, nenhuma coisa que realmente importe para a minha vida como um todo; pro meu crescimento pessoal, algo que me acrescente intelectualmente, que tenha produto, nada.
Por que a gente tem que ser tão mulherzinha?
Ao defender a idéia de que me conhece como ninguém, meu ex soltou outro dia que, quando a gente terminou, para ele era muito obvio que em poucos meses eu estaria vivendo o mais novo amor da minha vida – ao contrario do meu discurso vigente. E pior que ele conseguiu por A mais B me provar que estava, sim, certo. Era óbvio.
Mas que história é essa de que eu não consigo ficar sozinha? E o que define esse grupo das pessoas que nunca estão sozinhas?
Assim, eu não acho de jeito nenhum que eu projeto a coisa mais linda do mundo no primeiro qualquer que me aparece. Eu gosto de pessoas muito, muito especiais. Eu tenho com elas coisas muito, muito especiais. Mas eu também não acho que por uma dádiva divina eu trombe com mais homens maravilhosos do que todas as outras meninas do mundo. Elas, afinal, andam no mesmo mundo que eu, e que os mesmos caras. Isso não existe.
E também não é o caso de que quando eu termino eu descubro que o cara é um mané. Isso aconteceu uma vezinha na minha vida. Os outros, os exes, eu posso reconhecer todos os defeitos (que vi de perto) e todas as sacanagens feitas (ou não), e o brilho perdido, mas eu não deixo de achar que são todos incríveis. São foda, os meninos. I gotta giv’em this.
E por que os caras gostam de mim? Tá, isso não é regra, aliás, a regra é tipo meio a meio, mas pelo menos de início, a coisa bate com tanta frequencia que eu me pergunto muitas vezes, por que? Ainda mais que é nesse início aí que surge a faísca, os momentos, as frases, e tudo mais que vai rechear essa história que está começando.
Então, o que define que eu seja assim e que a minha vida tenha essas coisas?
E, o mais importante, por que eu não aprendo a conciliar isso com a minha vida real?
Por que eu tenho que respirar fulano vinte e quatro horas por dia?
Não que eu seja completamente grudenta, não acho que sou. Mas a cabeça, está lá. Está lá quando acordo, o dia inteiro e na hora de dormir. É emburrecedor.
Não acho que isso seja exclusivo meu. É coisa normal nas meninas. Meninas que viram mulherzinhas. Meninas que perdem o prazer de fazer todas as outras coisas gostosas da vida, porque não tiram a cabeça do cara, de quando vão vê-lo, de como vai ser, e todos esses blablablas de mulherzinha.
Estou completamente cansada disso, ainda mais quando vejo isso em mim. Quando venho escrever, e não sai mais nada. Quando eu eu vou conversar, e nao falo de mais nada. Não é cansada, a palavra. É completamente sick of this. E olha que sou eu que estou assim.
Então a unica esperança é dar um jeito. De conseguir ser um indivíduo, uma pessoa inteira, mesmo estando apaixonada. Não estar, já foi provado impossível. Eu podia ter escolhido manter minha resolução e ter razão.
Mas eu escolhi ser feliz. E escolhi viver o que estou vivendo. Escolhi pular de cabeça porque eu estou muito, muito apaixonada. Mesmo.
Já que fui vencida nisso, vou deixar as coisas andarem nesse sentido. Vou parar de me preocupar tanto com esse assunto, continuar aproveitando tudo, e focar mais no resto da minha vida.
Mesmo porque eu acho que eu fui uma pessoa interessante a primeira vista porque eu tinha uma vida só minha e tinha o que falar dela.
Mas é facil fazer o plano perfeito. Falar: ah, agora eu não vou ter medo mais, não vou pensar nele tanto, vou aproveitar minha vida como se nada tivesse acontecido.
Gente, qual é o equilibrio?
Estou desesperada em manter minha sanidade mental.